Setor Industrial: Eletrificação dos processos industriais, fabricação inteligente com eficiência energética e análise avançada de dados, uso de biocombustíveis e de resíduos como matéria-prima.
Setor agrícola: Eletrificação de máquinas agrícolas, incentivo a cultivos mistos e a novos negócios circulares, melhores práticas de manejo, incremento de políticas públicas e precificação de carbono.
Residências, comércios e prédios públicos: Ampliação do uso de aparelhos não elétricos por elétricos, edificações com maior automação, melhoria dos sistemas de aquecimento, ventilação e refrigeração, uso de iluminação LED e de medidores inteligentes de energia.
Setor de transportes: Eletrificação da mobilidade, com incentivo a veículos elétricos, semáforos inteligentes, melhorias e intensificação das ciclovias.
Transmissão de Energia
O estudo também faz uma ressalva sobre a necessidade de sólidos investimentos em linhas de transmissão de energia. O aporte necessário para ampliar a malha nacional estaria entre 166 bilhões e 178 bilhões de dólares até 2050.
Embora a eletrificação dos usos finais aumente 29% nos dois panoramas avaliados pelo estudo, a necessidade de investimento em redes aumenta apenas 7,2% do cenário mais conversador para o net zero. Isso acontece, principalmente, devido ao aumento do uso de baterias como fonte de armazenamento de energia verde, além do incremento da geração distribuída, que demanda menos investimentos em linhas de transmissão em relação à grandes usinas.
Uma oportunidade para combater as mudanças climáticas
Estes necessários investimentos para que o Brasil avance na transição energética e alcance a neutralidade de emissões ainda são menores que o chamado custo social do carbono.
Estes danos representam um impacto financeiro para a sociedade e para as futuras gerações, que aparece em forma de impostos e investimentos públicos e privados para lidar com os efeitos das mudanças climáticas.
Perdas nas colheitas, adaptações ao aumento do nível do mar, combate a incêndios florestais e medidas para proteger comunidades de enchentes, são apenas alguns exemplos dos danos que as emissões de Gases de Efeito Estufa causam à economia e à sociedade. O estudo reforça, portanto, que o Brasil possui uma oportunidade de combater as mudanças climáticas economizando, ou seja, gerando um benefício social.