O projeto
A busca por uma cidade mais humana e sustentável é o coração do programa, que foi criado em 2018 para solucionar, com inovação e cooperação, os desafios que as áreas da corporação estavam enfrentando, como vandalismo, descarte inadequado de resíduos e ocupações irregulares.
A iniciativa da Enel Distribuição São Paulo utiliza as áreas de transmissão da companhia para criar hortas urbanas para a população local em parceria com prefeituras, instituições e empresas. Confira a história do projeto!
Dimensão e impacto do Hortas em Rede
O projeto consiste em mais de 180 mil metros quadrados, ou cerca de 18 hectares, dedicados às hortas urbanas, contemplando as etapas de cultivo, processamento e distribuição de uma grande variedade de produtos alimentícios e não-alimentícios.
Todos os terrenos são de propriedade da Enel e mais de 60% desse território está situado em áreas periféricas da região metropolitana de São Paulo.
Ao todo, nos 50 contratos de comodato vigentes, são produzidas, mensalmente, cerca de oito toneladas de alimentos por mês, com o trabalho de 75 agricultores cadastrados.
Da totalidade de trabalhadores e colaboradores nas lavouras, 37% vivem somente da renda oriunda dos produtos retirados das hortas em rede. Além disso, mais de 90% dos agricultores acreditam que o projeto impacta positivamente na saúde da população, devido à qualidade dos produtos desenvolvidos no projeto.
Confira os resultados do projeto em 2024
Com o Hortas em Rede, no qual quase 93% dos agricultores comercializam sua produção, passos importantes são dados em direção ao trabalho decente e cidades mais sustentáveis, entre outras resoluções das premissas do desenvolvimento sustentável.
Conheça os principais benefícios para o meio ambiente:
1. As hortas urbanas envolvem a utilização de podas de árvores, compostagem e produção de adubo, melhorando a qualidade do solo, reduzindo o desperdício de alimentos e gerando renda para a população local
2. O projeto contribui para a redução da temperatura urbana, diminuindo o efeito de ilhas de calor e preparando a cidade para uma melhor adaptação às mudanças climáticas. Além de funcionar como refúgio da fauna e microfauna dos arredores de São Paulo, a alta permeabilidade do solo auxilia no manejo das águas da chuva e melhora a qualidade do ar.
3. Em levantamentos com os agricultores da comunidade, 85% constataram uma melhoria na qualidade de vida e 66% viram um aumento na biodiversidade da região. Mais de 85% dos trabalhadores também notaram um aumento nos laços comunitários graças ao projeto, com 74% sendo auxiliado pelas hortas comunitárias na economia doméstica e 55% dedicando seu trabalho de cultivo ao aumento da renda mensal.
4. Outro aspecto importante é o aumento no capital social. As hortas promovem cooperação e confiança mútuas entre trabalhadores e membros da comunidade, com o desenvolvimento de redes de apoio e outros laços sociais e econômicos que unem moradores, agricultores e comerciantes.
5. É bom para a saúde também. 80% dos agricultores relatam redução no estresse, sendo que 75% sentem mais realização pessoal/autoconfiança; 78% dos idosos participantes relataram uma melhora em sua alimentação e 85% deles constataram maior pertencimento à comunidade graças ao trabalho nas hortas.
Quem participa do Projeto Hortas em Rede e quais são seus aspectos sociais e demográficos?
Em um espaço de valor agregado, o ambiente vai além da plantação, tornando-se um local de socialização democrática e atividade compartilhada. O projeto Hortas em Rede também apresentou os dados demográficos e destaca a participação expressiva de idosos com 70 anos ou mais (25,9%). Quanto ao gênero, 63% dos envolvidos nas hortas são homens e 33,3% mulheres.
Próximos passos do programa
Guilherme Lencastre, CEO da Enel Distribuição São Paulo, destacou durante o evento que espera envolver mais corporações, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para colaborarem com o projeto.
Em entrevista, Carolina Afonso, coordenadora de projetos da Enel, diz que a expectativa da companhia é expandir o programa para os municípios que ainda não tem hortas.
Durante todas as palestras foi citada a importância do diálogo entre o setor público e privado em prol do projeto, por meio de parcerias, que é materializado pelo ODS 17 da agenda 2030 da ONU: Parcerias e meios de implementação.
Como se inscrever no programa Hortas em Rede?
Tem interesse em ter uma horta em nossos terrenos? Participe preenchendo o formulário de demonstração de interesse.
Para obter mais informações, faça o download do Relato de Impacto, que contém dados detalhados sobre o projeto.
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