A dona Almerinda e o marido dela, João Francisco, vivem no povoado quilombola de São Domingos, em Cavalcante, desde que nasceram. Por ali, eles criaram 9 filhos sob a luz de lamparina. Apesar das muitas promessas, a energia só chegou em 2020, a partir de um trabalho da Enel Distribuição Goiás, em parceria com o Governo Federal e o Governo de Goiás. Eles estão entre as 130 famílias que pela primeira vez tiveram acesso à energia elétrica, resultado de um investimento de R$ 2,5 milhões. “Quando a gente viu o povo da Enel chegando, trazendo os postes, fazendo a roçagem, a gente ficou muito alegre. Não dá nem para explicar. Agora eu posso comprar um tanquinho para lavar as roupas, uma geladeira para guardar os alimentos. É só alegria”, diz ela.
A mesma alegria é compartilhada pela dona Aparecida Fernandes, kalunga da região do Vão do Moleque, também em Cavalcante. “Nosso sonho era ter energia em casa. Pessoal falava, falava e não acontecia. E agora a gente tem a luz. Tem hora que parece que eu tô sonhando”, conta. Nos povoados Kalunga de Cavalcante, apenas no segundo semestre de 2020, 170 famílias foram beneficiadas pela chegada da energia. Além disso, a Enel também fez nessas comunidades a doação de 100 geladeiras e um trabalho intenso de orientação e conscientização para o consumo consciente. “Estamos cumprindo nosso compromisso de garantir a todos o acesso à energia elétrica, levando qualidade de vida a essas pessoas”, ressalta o diretor de Desenvolvimento de Redes da Enel Goiás, Roberto Vieira.
Nos assentamentos de Fartura e Água Fria, em Formosa, 260 famílias tiveram suas vidas transformadas pela energia. Em Flores de Goiás, a chegada do benefício em outubro de 2020 foi a realização de um sonho para 800 famílias de 8 assentamentos. “Agora pra ligar a bomba do poço artesiano a gente só aperta o botãozinho. Tendo energia a gente tem água; pode plantar e melhorar a vida”, conta Marcos Pimentel, morador do assentamento.
Ao todo, desde 2017, a Enel já realizou 9 mil conexões rurais, um investimento de R$ 286 milhões. A meta para 2021 é realizar mais 9.600 conexões. “Quando a gente assumiu a distribuição em Goiás nos deparamos com um passivo de 24 mil pedidos de conexões rurais. Já reduzimos esse número pela metade e até 2022 conseguiremos atender todos esses pedidos”, ressalta Roberto.