Enel e a Força dos Quilombolas

Quilombolas: herdeiros de uma história resiliente e enraizada na luta e na superação.

O que pode acontecer quando uma empresa que preza pela valorização da cultura de todos os povos, encontra uma comunidade marcada por muita luta e resistência?

Houve um tempo em que as terras brasileiras abrigavam povos nativos em perfeita harmonia com a natureza. Entre eles, havia os quilombolas, descendentes de africanos escravizados que encontraram liberdade e refúgio nos quilombos, locais isolados onde construíram suas vidas e culturas.

A história dos quilombolas nos leva aos tempos sombrios da escravidão, quando africanos foram trazidos para o Brasil como escravos. Eles resistiram à opressão e fugiram corajosamente para áreas remotas, onde criaram comunidades autossustentáveis que mantiveram suas tradições culturais vivas, os quilombos.

Hoje, as comunidades quilombolas estão presentes em diferentes regiões do Brasil e, apesar dos desafios, permanecem resilientes. Por meio da música, dança, culinária e artesanato, preservam suas tradições e passam esses conhecimentos de geração em geração. Esses espaços ancestrais valorizam a solidariedade, a cooperação e o respeito pela natureza.

Comunidades Quilombolas e Enel: um grande encontro

Quando uma grande obra se instala em uma pequena cidade, é normal que as pessoas que moram no entorno tenham dúvidas e incertezas em relação aos impactos, culturais e econômicos, que aquele empreendimento poderá causar em suas vidas.

A reação das comunidades quilombolas que vivem perto dos parques eólicos da Enel Green Power, no nordeste brasileiro, não foi diferente.

No entanto, a grande novidade foi que esses parques, que dependem da força do vento, um recurso muito valioso e abundante nessas regiões, trouxeram novos ares e um grande avanço às comunidades locais.

A Enel, que tem o compromisso de gerar um impacto positivo nas regiões que recebem seus projetos, busca constantemente estabelecer uma relação de diálogo e parceria com os moradores locais. Por entender a importância da preservação da cultura quilombola, investe em diversas ações que valorizam e impulsionam os moradores locais, como cursos profissionalizantes, incentivo à agricultura familiar, implementação de projetos educacionais e investimentos em saúde e infraestrutura.

Encontro de comunidades tradicionais

A Enel patrocinou o “II Encontro de Comunidades Tradicionais: compartilhando experiências na construção de um futuro melhor”, que ocorreu em Salvador (BA), no final de março deste ano.

O evento teve como público-alvo as comunidades tradicionais, alunos da Universidade Federal da Bahia, profissionais da iniciativa privada e o poder público.

O objetivo do encontro foi fomentar a integração e o intercâmbio entre associações de comunidades tradicionais com o Grupo Enel, além de compartilhar experiências na construção de um futuro melhor e valorizar o conhecimento ancestral, ao mesmo tempo em que o compreende como algo vivo que se renova a partir de novos conhecimentos.

Entre os temas abordados no encontro está o empreendedorismo negro, economia solidária, administração política do desenvolvimento, energia eólica, produção rural, agricultura familiar, fortalecimento do associativismo, o papel da cultura e da tradição como elementos de superação das dificuldades vivenciadas pelas comunidades tradicionais, entre outros.

“Lideranças das comunidades ocuparam o espaço da universidade, interagindo entre si, com professores, alunos e todos os participantes, além de conhecerem pontos turísticos e históricos da cidade. Populações tradicionais, academia, poder público e iniciativa privada podem aprender juntos em uma parceria enriquecedora, na qual um grupo participa no fortalecimento do outro, crescendo mutuamente.” _{Deise Damasceno, Especialista em Sustentabilidade da Enel Green Power}