Eduardo Lopes Martins, com mais de 20 anos de experiência na área, falou com a nossa equipe e detalhou a atuação no novo projeto
Na linha de frente para qualquer serviço
“Muitas vezes, o cidadão não entende que a gente resolve o problema tanto quanto uma equipe de caminhão”, diz o Eduardo. Ele conta da vez em que foram atender a uma ocorrência de obstrução da rede elétrica por queda de árvore, e o cliente responsável pela abertura do chamado estava descrente de que uma equipe de motoeletricistas seria suficiente para dar conta de resolver o problema.
“De pronto, tiramos uma vara telescópica de dentro da motocicleta,” relata o eletricista, “tiramos também uma serra, executamos a poda de árvore em uma questão de minutos e o cliente ficou muito surpreso e satisfeito com o nosso serviço”, detalha.
Além da vara telescópica, que garante isolamento e segurança para a realização de intervenções na rede, e dos equipamentos de poda, os motoeletricistas também operam equipados de load rangers – dispositivos que permitem a interrupção e abertura da carga elétrica no trecho em questão.
Os motoeletricistas chegam três vezes mais rápido que o caminhão e conseguem atender a cerca de 70% das ocorrências da cidade
Medida essencial em tempos de crise
A primeira fase do projeto foi iniciada no dia 11 de dezembro de 2024, com um total de doze motos em operação. Os motoeletricistas atuam sempre em duplas, fazendo hoje uma média de doze atendimentos diários, com a previsão de um aumento nesse número à medida em que o projeto avança.
O projeto opera para garantir que, principalmente em dias de crise generalizada, com tempestades e engarrafamentos, seja possível isolar o local onde a falha ocorreu e restabelecer a energia em tempo recorde. “Com as motos, chegamos muito antes dos caminhões e já podemos, de início, isolar o trecho, minimizando o número de pessoas afetadas pela ocorrência e garantindo a segurança de todos”, diz Eduardo.
Projeto terá ampliação significativa durante a primeira metade do ano
Ampliação para 2025
Após a fase inicial de testes, o projeto já tem ampliação garantida até o fim de 2025, expandindo para 80 motoeletricistas operando em duplas por toda a área de concessão da Enel em São Paulo.
Um dos grandes sucessos do programa, além da redução no tempo de atendimento e êxito na resolução das ocorrências, é a segurança garantida aos motoeletricistas
As motos da Enel vem equipadas com giroflex e logo da empresa para facilitar a identificação em casos de emergência
Segurança de todos em primeiro lugar
“A obrigação número um do motoeletricista é voltar para casa, porque tem sempre alguém esperando a gente em casa”, diz Eduardo. Esse é um ponto que ele frisa repetidas vezes, pois além do risco de operar na corrente elétrica, o motoeletricista também tem que se atentar à segurança na condução da motocicleta pelas ruas e avenidas da cidade.
Para ele, o motoeletricista é “um eletricista diferenciado”. É necessário redobrar o treinamento, o cuidado e a atenção, assim como o apreço pelo bom estado dos equipamentos de segurança.
Além do treinamento de direção, os motoeletricistas operam equipados por coletes com airbags para proteção em caso de acidentes no trânsito, além de capacetes, luvas e uniforme especial com identificação da Enel. As motocicletas também vêm munidas de giroflex, aquela luz sinalizadora de LED, para mais fácil identificação em dias de chuva e situações de emergências.
Os motoeletricistas já estão fazendo a diferença para os moradores da região central de São Paulo, mas esse é só o começo. Com a ampliação do projeto, cada vez mais pessoas serão beneficiadas por essa nova estratégia de atendimento à população.
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