“Pai! O que é coisa de homem e coisa de mulher? Eu não gosto de pensar assim. ”
A Engenheira, formada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), é hoje responsável pelo planejamento da rede elétrica do estado. Renata já viu seu trabalho sendo questionado apenas pelo fato de ser mulher. Como arma contra qualquer tipo de preconceito, utilizava a seriedade, além de todo o conhecimento técnico que possui; e resgatava do coração um aprendizado valioso passado pela mãe, Dona Inês, que dizia que as condições em que a família dela vivia na infância não deviam ser determinantes ou limitantes, mas sim a força para fazer as escolhas certas e buscar os sonhos que tivessem.
Mulher negra e de origem humilde, Renata é líder de uma equipe de 10 pessoas, entre elas engenheiros e técnicos. A planejadora é apaixonada pela grandiosidade das coisas que homens e mulheres, quando unidos, podem construir – como as obras planejadas para a rede elétrica de Goiás, que entregou recentemente com sua equipe: Novas subestações – Mineiros, Santana, Buritizinho e Alto Horizonte, além de ampliações em subestações existentes como SE Trindade, Vianópolis e Caldas Novas.
“Gerenciar pessoas é fazer com que elas produzam coisas melhores a cada dia, melhores até mesmo do que eu fiz.”
Como líder, busca criar um ambiente leve, descontraído e que valoriza ideias. Assim, fica mais fácil aguentar a responsabilidade de conhecer e planejar a expansão de cada circuito que a rede do estado possui, sempre motivada pela satisfação e a qualidade de vida levada aos clientes.
“Essa profissão permite que impulsionemos a qualidade de vida dos goianos. É incrível ver a eletrificação rural, ou trabalhos como o que fizemos na comunidade Kalunga, que agora tem acesso a coisas que, para muitos, são básicas – às vezes nem percebidas – como a possibilidade de reunir a família para um jantar à noite.”
Já em casa, com a filha Fernanda, de 7 anos, faz questão de repassar os ensinamentos da Dona Inês: sobre o poder que a educação tem na construção de realidades, sendo a chave para qualquer sonho que a pequena possa ter. Além disso, a engenheira, mesmo com a rotina intensa que tem, faz questão de aproveitar ao máximo o tempo que possui com a filha, seja brincando ou lendo grandes clássicos.
“Ser mulher é bem pesado. Temos a missão de ser forte o tempo inteiro. Lideramos em casa, lideramos no trabalho. Ser mulher é desafiador.”
Inspire-se com a história de Renata e contribua com a quebra de estereótipos do mundo da energia.
